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Felicidade ziguezagueante

Uma história com três pinguins. Amabel, Abelardo e Abel. Mãe, pai e filho. Amabel era professora de natação criativa. Abelardo vendia sorvete para turistas extraterrestres. E Abel gostava de se deitar no gelo para desenhar tudo aquilo que o fascinava: o Monte Fuji, as cerejeiras, os dinossauros e cenas encantadoras. Trama envolvente e terna. Para acompanhar o caminho ziguezagueante que esses três adoráveis pinguins percorrerão ao lado da Felicidade…
 
Autor: Jonas Ribeiro
Ilustrador: Sami Ribeiro
Editora: Ciranda Cultural

“A mãe se chamava Amabel. O pai se chamava Abelardo. O filho, Abel. Abel estava descobrindo como o mundo funcionava. Fazia várias perguntas aos pais: se existiram dinossauros na Antártida; como um iceberg se formava; por que as baleias eram gigantes; o que levava um vulcão a entrar em erupção. Ora os pais respondiam às perguntas do filho com o calor de seus abraços. Ora buscavam as respostas no mundo que os cercava. Abel adorava as respostas calorosas, que chegavam sem palavras, e apreciava as respostas recheadas de explicações. Amabel era professora de natação criativa. Havia criado o nado zigue-zague empolgante. Os alunos não sabiam se gostavam mais de ziguezaguear livremente na água ou se preferiam a empolgação que aquele nado trazia. Em seus momentos de lazer, para aliviar a rotina ziguezagueante, Amabel tricotava gorros e cachecóis com a cl&aa cute;ssica lã azul-marinho. Sentia-se uma nuvem quando tricotava, quer dizer, sentia-se calma, bem calma, apenas não entendia a predileção dos pinguins pelo azul-marinho. Também gostava dessa cor, mas, sabendo que existia uma gama de cores vibrantes, luminosas e atraentes, não se conformava em usar uma única cor. Abelardo era sorveteiro. Empurrava o carrinho e anunciava sua chegada: “Para escapar do tangolomango, experimente o sorvete de morango. Você dançará tango com a disposição de um orangotango.” Os versos que lançava aos quatro ventos faziam com que o seu sorvete ganhasse um sabor indescritível. Alguns turistas, inclusive, diziam que aquele sorvete entregue com poesia era o mais saboroso do Polo Sul. No fundo, ninguém sabia se Abelado era um sorveteiro que distribuía poesia ou um poeta que vendia sorvetes…

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