…Antes, porém, de decidir ser escritor, senti vontade de seguir outras profissões: piloto de helicóptero, nadador, pianista e ator. Por isso, estudei piano e teatro por alguns anos. Continuei devorando livros. Passei a escrever poesias, contos e crônicas. Para organizar melhor os meus papéis, fui estudar datilografia. Ajudou um bocado. Que emoção quando ganhei de meu pai minha primeira máquina de escrever! Nós fomos juntos comprá-la.
Sem perceber, eu já havia começado o meu trabalho como escritor. Tinha a alma de escritor e nenhum livro publicado. Entre 15 e 20 anos, passei a escrever em horários determinados, de segunda a segunda, sem descanso. Sábado, domingo, feriado. Era a minha diversão. Até então, não tinha me dado conta de que estava trabalhando. Era um trabalho que me enchia de felicidade, mas tinha um lado solitário. Comecei a ficar incomodado: queria também estar com as pessoas, contando histórias, espalhando sonhos. E, assim, nasceu o Jonas contador de histórias.
O livro havia me agarrado de um jeito tão amoroso e forte que abri mão da música e do teatro para concentrar forças na literatura. Prestei vestibular para Letras e entrei num curso com um nome bem pomposo: Língua e Literatura Portuguesas. Ingressei na PUC, Pontifícia Universidade Católica. Sim, cursei a faculdade que o meu coração pediu. Tive…