…Enfim, após um mutirão para levar os pratos, os talheres e os copos para a cozinha, a caixa foi para o centro da mesa. A tampa foi erguida. As crianças avançaram. Comiam um e comentavam o sabor do recheio. Pistache, cereja, prestígio. Não tem outro de pistache.? Lia comeu quatro bombons: dois de nozes e dois de menta. Tia Lu e Leo quiseram experimentar uma boa parte dos sabores.
As crianças perderam a conta de quantos comeram. Pedro falou que, para ele, o de laranja era o melhor. Carol elegeu como seu preferido um bombom que era mesclado e crocante. Gigi não soube dizer de qual gostou mais, apenas afirmou que o bombom com granulado colorido era simplesmente soberano. Na verdade, nem sabia qual escolher. Parecia que comia poesia, versos. E os bombons nem eram tão grandes assim. Derretiam na boca! Sumiam…
Tia Lu jurava que aquela caixa duraria a semana toda, e não que ia ser devorada em uma única refeição. Mas aquele não era um momento para repreender ninguém. Afinal, uma caixa de bombons tão maravilhosa era para ser devorada com vontade, daquele jeitinho mesmo. E os bombons foram deixando a caixa, desaparecendo, acabando. Sobraram cinco. Quatro! Três! Dois! Um único! O último! E agora? Quem teria o direito de comer o último bombom?…