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Banquete de capítulos fantásticos

Ação, humor e encantamento. Sapo Romualdo e Pernilongo Corneteiro saem em busca da Princesa Fifica Comimigo. Conhecem Beija-lua na maria-fumaça. Uma espiã, um feiticeiro, uma advogada justiceira, muitos repórteres. Uma confusão atrás da outra. Capítulos fantásticos, ternura, cenas intrigantes e um banquete de mistérios para desvendar. Um livro juvenil surpreendente.

Autor: Jonas Ribeiro
Ilustrações: Márcia Széliga
Editora: Suinara

“Os dois entram na maria-fumaça e se sentam numa poltrona de janela, não querem perder nenhum detalhe da viagem. A maria-fumaça apita gostosamente e espalha um mundo de fumaça na estação. Aí, ela começa a andar, a apitar muitas vezes, a correr e a deslizar pelos trilhos, por entre as montanhas da serra. Os dois grudam os olhos na janela e ficam vendo os muitos verdes da serra, cada formato diferente de árvore, de montanha. Uma belezura! Nenhum sinal de civilização, nenhum sinal de poluição.

De tanto Romualdo e Corneteiro ficarem com os olhos grudados na janela, acabam embaçando o vidro. O sapo não resiste e ali desenha um coração. O pernilongo desenha uma flor e dela saindo um caule e do caule saindo uma folha. Depois desenha um sol, uma lua e três-marias. De repente, na paisagem, do outro lado dos desenhos, eles veem um carteiro montado num burro. E não é que o carteiro os cumprimenta como se os conhecesse de uma vida inteira? É claro que, diante de tanta cortesia e educação, eles também o cumprimentam. Em seguida, veem uma pastora conduzindo um rebanho de carneiros. Acenam, e ela responde com amável sorriso. Pronto, com a brincadeira de acenar, esquecem os desenhos no vidro. Veem lavadeiras, crianças, vacas. Acenam, e até as vacas respondem com um mugido coletivo. Um homem de bicicleta cisma de pedalar com a mesma velocidade da maria-fumaça. Ele acena, e a d upla devolve o aceno. O homem não aguenta pedalar com tanta força e a bicicleta vai ficando pequena, minúscula, uma formiga na paisagem.

Outra surpresa! Na margem de um riacho, eles veem uma professora com seus alunos fazendo dobraduras, uma frota inteira de barquinhos de papel. Romualdo está tão emocionado com tantas novidades que, só para ampliar a felicidade, abre a mochila, pega a embalagem e admira o rosto de Fifica.

Quando anoitece e os dois sentem vontade de ajeitar-se na poltrona para tirar um cochilo, um anjo sorridente pendura no teto azul-marinho uma lua cheia bem cheiona e espalha um punhado de estrelas. O anjo sorri e os deixa maravilhados com o suave canto das estrelas, regido por”

 

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