Na segunda-feira, quando cheguei à escola, estava um breu só. Eu e vários alunos deixamos as mochilas no pátio e recebemos uma lanterna no portão de entrada. Na lousa digital da última sala do corredor, havia o mapa subterrâneo da escola. Ele nos levou a um porão, exatamente embaixo do balcão da secretaria. Tivemos de remover o balcão. Erguemos o alçapão e descemos a escadaria, afastando as teias de aranha com as mãos. E no chão do porão havia outro alçapão, que nos levava a outro porão. Fiquei arrepiado! Descemos a escadaria… Era mais um porão dentro de um porão, dentro de outro, de outro, outro, outro…

Autor: Jonas Ribeiro
Ilustrações: Gustavo Seabra
Editora: Prefácio

Avelino vivia com caderno e caneta embaixo da asa. Adorava ir à cafeteria da praça para escrever sem pressa, sem precisar consultar o relógio. Não havia muitos avestruzes escritores, mas Avelino tinha plena convicção de que suas reflexões filosóficas e seus versos ajudavam outros bichos e outras pessoas a pensar, a tirar as patas e os pés do chão… Uma história bem-humorada que convida o leitor a pensar por si próprio, a ficar bem longe da alienação.

Autor: Jonas Ribeiro
Ilustrações: Rafa Antón
Editora: Aletria