Para comemorar o dia dos paponstrengos, a escola ofereceu antes da primeira aula um mingau de lama com suculentas minhocas e lesmas. Os funcionarionstrengos e professoronstrengos organizaram uma extensa mesa no pátio com iguarias saborosas e várias pilhas de cumbucas para todos se servirem do tradicional e apetitoso mingau.
Além da presença de dezenas de paponstrengos, havia mamonstrengas e também tionstrengos, avonstrengos, irmonstrengos mais velhos e amigonstrengos.
Paponstrengo Paponco estava lá com Fifongo e Fifonga, seus dois filhonstrengos. Paponco estranhou que Fifonga e todos os alunonstrengos seguravam presentes, exceto seu filhonstrengo Fifongo. Por outro lado, Fifongo estava mais sorridente que os demais e, a todo o momento, apalpava a calça para conferir se a chave que trouxera consigo continuava no bolso, bem guardada. Seus dedos contornavam a chave e Fifongo sorria com a surpresa que seu paponstrengo teria.
No final do encontro, depois das homenagens e de uma pequena peça de teatro, a diretoronstrenga falou que os alunonstrengos poderiam entregar os presentes. Fifonga atropelou o irmonstrengo e entregou primeiro seu presente ao paponstrengo.
Ela sabia o quanto Paponco gostava de colecionar sustos. Por isso, construiu para ele um estojo cheio de divisórias para guardar sustos antigos e recentes. Fifongo estava ansioso, com a mão no bolso, segurando a chave. Paponco olhou para o filhonstrengo. Fifonga também olhou para o irmonstrengo. Queriam entender por que razão ele estava tão confiante e empolgado. Fifongo pediu:
— Feche os olhos e abra uma das mãos, paponstrengo.
Paponco obedeceu.
— Pronto. E agora?
Fifongo depositou a chave na mão aberta do paponstrengo e…